O programa Tribuna Livre abre uma exceção no seu democrático espaço da notícia e informação, para lamentar profundamente a triste partida de um colega de profissão na TV e no rádio, porta-bandeira da qualidade e ética na informação no Brasil. Morreu na manhã de hoje, aos 83 anos, o jornalista e escritor Armando Nogueira, o inventor do novo tele-jornalismo brasileiro.
Nogueira estava praticamente fora das atividades profissionais desde 2007, quando um câncer foi detectado no seu cérebro - essa é uma das poucas informações a respeito que se consegue captar nos vários portais em que pesquisamos durante a tarde de hoje. Seu trabalho estava restrito a um programa semanal da rádio CBN.
Seu trabalho brilhante começou em 1950, quando estreou no jornalismo junto com a TV no Brasil. Logo mais, em agosto de 1969, participaria de um dos momentos mais marcantes da TV: o lançamento do primeiro telejornal ao vivo do Brasil, o "Jornal Nacional". Entre idas e vindas, foi diretor de jornalismo da Rede Globo até 1989, quando foi demitido, num dos episódios mais éticos da história do jornalismo brasileiro: Nogueira se recusou a cumprir uma ordem do dono da emissora, Roberto Marinho, que pediu uma edição do debate entre Fernando Collor e Luís Inácio Lula da Silva, claramente favorável a Collor, além de decisiva na vitória deste naquelas eleições.
Logo após sua demissão, trabalhou na TV Bandeirantes, SporTV e na rádio CBN, sempre na outra área em que dominava com maestria: o esporte. Cobriu todas as copas do mundo a partir de 1954, além de várias olimpíadas. Botafoguense roxo, cunhou uma das expressões mais conhecidas do mundo do futebol sobre o craque Mané Garrincha: é dele o apelido de "anjo das pernas tortas".
Seu velório ocorre desde o começo da tarde de hoje, no estádio do Maracanã, palco onde por várias vezes comentou jogos da seleção brasileira e dos campeonatos carioca e brasileiro. Seu sepultamento está previsto para a tarde desta terça.
O Tribuna Livre rende suas homenagens ao grande mestre do jornalismo esportivo e informativo, no rádio na TV e nos jornais. Uma perda irreparável.
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