sexta-feira, 27 de abril de 2012

Nós e o espelho

Alguém, muito desanimado, entrou numa igreja e em determinado momento disse para Deus: “Senhor, aqui estou porque em igrejas não há espelhos, pois nunca me senti satisfeito com minha aparência.” Subitamente uma folha de papel caiu aos seus pés, vinda do alto do templo. Atônito, ele a apanhou e nela viu a seguinte mensagem: “Minha criatura, nenhuma das minhas obras veio ou ficou sem beleza, pois a feiúra é invenção dos homens e não minha. Não importa se um corpo é gordo ou magro: Ele é o templo do espírito e este é eterno. Não importa se braços são longos ou curtos: sua função é o desempenho do trabalho honesto. Não importa se as mãos são delicadas ou grosseiras: sua função é dar e receber o Bem. Não importa o tipo de cabelo, e se ele existe ou não numa cabeça: o que importa são os pensamentos que por ela passam. Não importa a forma ou a cor dos olhos: o que importa é que eles vejam o valor da Vida. Não importa um formato de nariz: o que importa é inspirar e expirar a Fé. Não importa se a boca é graciosa ou sem atrativos: o que importa são as palavras que saem dela.” Ainda atônito, esse alguém dirigiu-se para a porta de saída, que tinha algumas partes de vidro. Nesse exato momento sentiu que toda sua vida se modificaria. Havia esse lembrete na porta aderido: “Veja com bons olhos seu reflexo neste vidro e lembre-se de tudo que deixei escrito. Observe que não há uma única linha sobre Mim que afirme que sou bonito.

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